Um caderno de leituras

"esguias Graças, Musas de mais magas tranças,
vinde, vinde agora"

Safo

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

DJUNA BARNES

reprodução
Djuna Barnes

CADÁVER A

Trouxeram-na para dentro, um minúsculo
Casulo esmigalhado,
O pequeno corpo ferido como
Uma lua amedrontada:
E com as suas ténues sinfonias
Feitas runas do entardecer.

CADÁVER B

Deram-lhe encontrões de um lado
Para o outro.
O seu corpo ficou à prova de choque
Como o de um gato da cidade.
Ficou lá fora sem vida como a cerveja morta
Que restou na pequena caneca.

Tradução de Fernanda Borges

2 comentários:

Diogo Vaz Pinto disse...

Atenção que esta tradução não é minha e sim da Fernanda Borges. Limitei-me a reproduzir o poema no meu blog.

Marcilio Medeiros disse...

Diogo,
Obrigado pelo contato.
O texto já foi corrigido.