fonte: jiraudiverso.blogspot.com
Joaquim Cardozo
Joaquim Cardozo
SONETO DE VIDRO
Este ser que se compõe de adjacências,
E de um cimento claro e matinal,
Tem nos seus nervos finos transparências,
De luz se alimenta. Fala cristal.
E de um cimento claro e matinal,
Tem nos seus nervos finos transparências,
De luz se alimenta. Fala cristal.
Por seu través mantendo as aparências,
Da limpidez é símbolo e sinal;
Meu coração, por essas excelências,
Nele se mira e se vê por igual,
Da limpidez é símbolo e sinal;
Meu coração, por essas excelências,
Nele se mira e se vê por igual,
Nele se ajusta, assim como vertida
Onda de anseios vagos e dispersos
Que um sopro dual juntasse em verbo e vida.
Onda de anseios vagos e dispersos
Que um sopro dual juntasse em verbo e vida.
Lendo-o com precaução modesta e ágil
Cuidado tenham no seguir seus versos
Que este soneto é de matéria frágil.
Cuidado tenham no seguir seus versos
Que este soneto é de matéria frágil.
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