reprodução
Mina Loy
FOTO APÓS O POGROM
Arranjo por raiva
da escória humana
as estátuas falsas e eternas do assassinato,
até ficarem puras.
Jogada numa pilha de mortos,
uma mulher,
corpo saqueado de profunda beleza
estranhamente assassinada
conquista o sorriso absoluto
da despossessão:
a pausa marmórea diante do abrigo extinto
Monotonia da morte
Rasura do medo,
uma compostura
não-admitida
a paz sem propósito
selando as faces
dos cadáveres—
Cadáveres são virgens.
Tradução de Rodrigo Garcia Lopes
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