Um caderno de leituras

"esguias Graças, Musas de mais magas tranças,
vinde, vinde agora"

Safo

domingo, 14 de setembro de 2008

SALVATORE QUASIMODO


divulgação

Salvatore Quasimodo


AVIDAMENTE ESTENDO A MINHA MÃO

Na pobreza da carne, como sou,
eis-me, Senhor: poeira da estrada
que o vento mal levanta em seu perdão.

Mas se afilar não soube noutro tempo
a voz primitiva ainda tosca,
avidamente estendo a minha mão:
dá-me da dor o pão cotidiano.

Tradução de Geraldo Holanda Cavalcanti

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