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Isidore Ducasse
CANTOS DE MALDOROR (fragmento)
Ó polvo do olhar de seda: tu, cuja alma é inseparável da minha; tu, o mais belo dos habitantes do globo terrestre e que comandas um serralho de quatrocentas ventosas; tu, em quem residem nobremente, como em sua habitação natural, por comum acordo de indestrutível laço, a doce virtude comunicativa e as graças divinas – porque não estás tu comigo, com o teu ventre de mercúrio encostado ao meu peito de alumínio, sentados os dois nalgum rochedo da costa, para contemplarmos este espetáculo que eu adoro!
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