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Marceline Desbordes-Valmore
AS ROSAS DE SAADI
Esta manhã eu quis levar-te rosas,
Mas tantas eu tinha na cintura presas
Que os nós cerrados não as puderam conter.
Os nós rebentaram. E elas levadas
Pelo vento no mar foram tragadas.
As rosas perdidas eu não consegui rever;
As águas ficaram vermelhas, como inflamadas.
Esta noite minhas vestes ainda estão perfumadas.
Aspira em mim a lembrança de as trazer.
Tradução de Paulo Azevedo Chaves
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