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William Shakespeare
O Retrato de Chandos. Pintura atribuída a John Taylor
National Portrait Gallery, Londres
Soneto LXV
Se ao bronze, à pedra, ao solo, ao mar ingente,
Lhes vem a Morte o seu poder impor,
Como a beleza lhe faria frente
Se não possui mais forças que uma flor?
Com um hálito de mel pode o verão
Vencer o assédio pertinaz dos dias,
Quando infensas ao Tempo nem serão
As portas de aço e as ínvias penedias?
Atroz meditação! como esconder
Da arca do Tempo a jóia preferida?
Que mão lhe pode os ágeis pés deter?
Quem não lhe sofre o espólio nesta vida?
Nada! a não ser que a graça se consinta
De que viva este amor na negra tinta.
Tradução de Ivo Barroso
2 comentários:
Marcílio,
Hoje vim fazer uma visita ao seu espaço, com tempo para me deter nos seus poemas e todo o trabalho que apresenta aqui. Sua reproduções são de muito bom gosto também.
Vou ficar mais um pouco.
Um abraço
Meg querida,
receber a visita de uma leitora voraz e qualificadíssima como você, com um gosto tão refinado, é sempre uma satisfação.
Obrigado.
Bjs,
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