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Paul Valéry
O BOSQUE AMIGO
Nós pensávamos coisas bem puras
Lado a lado, em longas caminhadas;
Nossas mãos estavam entrelaçadas
Sem fala... entre flores obscuras.
Íamos sonhadores e ausentes
Sós, na noite verde das pradarias,
Partilhando o fruto das fantasias,
A lua companheira dos dementes.
E depois nós morremos sobre o relvado,
Longe, perdidos no bosque habitado
Por um murmúrio afável e brando
E no luzir do infinito ócio
Tornamos a nos encontrar chorando
Ó doce companheiro de silêncio.
Tradução de Paulo Azevedo Chaves
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